quarta-feira, 3 de junho de 2015

Saude em Petropolis

Pacientes reclamam de demora em atendimento no Pronto Socorro

Petropolitanos que tentaram atendimento no Pronto Socorro do alto da Serra, precisaram esperar em média duas horas para serem examinados.

Thaciana Ferrante - Na manhã de hoje diversos petropolitanos que tentaram atendimento no Pronto Socorro do alto da Serra, precisaram esperar em média duas horas para serem examinados. Na ocasião, grande parte dos reclamantes afirmou que a triagem não estava sendo feita corretamente, tendo em vista que apenas homens e crianças eram chamados da fila. Até mesmo pessoas que precisavam fazer um eletrocardiograma, devido a suspeita de problemas cardíacos, aguardaram muito tempo por um médico disponível.
Esse foi o caso da vendedora Gisele Carvalho, que já havia ido a unidade de saúde na noite anterior em busca de atendimento, mas após aguardar por mais de duas horas voltou para casa, e decidiu retornar na manhã de ontem, devido a persistência dos sintomas de infarto. A mulher chegou ao local às 6h15, e só foi recebida pelo médico por volta das 9h. Após a realização de um exame de sangue, às 11h30, ela ainda aguardava para fazer um eletrocardiograma.
“Quando conseguimos ser atendidos e o caso é mais sério, os médicos nos esquecem nos corredores e nós continuamos os exames que precisamos, e um atendimento de qualidade. Não posso ficar nervosa devido a minha condição, mas é o que está acontecendo. Ainda tenho que aguardar em pé e aqui do lado de fora, com esse frio”, disse indignada.
O pintor Vanderson Ferreira também precisou aguardar durante muito tempo para que a esposa, que estava com crise de bronquite, fosse socorrida. “Não tive coragem de deixar ela aqui sozinha no frio e com falta de ar. Fui obrigado a faltar serviço e estamos desde 8h45 aguardando ela chamada. São 11h30 e nada! Não nos dão satisfação nenhuma”, reclamou.
Susy Barbosa, que trabalha como vendedora, afirma que nos dias mais frios as crises de bronquite são mais frequentes. “Estou com muita dificuldade para respirar e mesmo assim só chamam homens e crianças para serem atendidos. Sendo que até mesmo no grupo de triagem feito por eles, a demora é enorme. Me sinto a mercê da saúde pública, pois nunca podemos contra com o serviço”, disse entristecida.
A jovem Taina da Silva, de apenas 18 anos, moradora da Comunidade São Francisco, localizada no Meio da Serra, também foi vítima do problema. “No posto de saúde da comunidade a funcionária disse que não poderia nos atender. Estou com suspeita de pneumonia e mesmo assim estou a horas na fila. Nas UPAs nos informam que não tem médicos suficientes e por isso nos encaminharam para o Pronto Socorro, onde a atendente nos informou que a média de espera é de mais de duas horas”, salientou em tom de lamentação.
O pai da jovem, Jorge José da Silva, se mostrou revoltado com a situação. “Estou com ela no frio, sendo que a suspeita é de pneumonia. Tenho medo que ela piore! Aonde vamos somos informados da impossibilidade ou demora no atendimento, onde vamos parar?”, questionou revoltado.

Problema também foi registrado na segunda-feira
Marcelo de Souza de 36 anos, ficou sete horas aguardando atendimento nesta segunda-feira. Ao passar mal, o conferista foi ao Pronto Socorro do Bingen em busca de atendimento, mas foi informado que não poderia ser atendido na unidade, assim como no Pronto Socorro do Centro e do Alto da Serra, e foi encaminhado para a UPA de Cascatinha. Ao chegar por volta das 14h30, esperou atendimento até às 21h30.
Logo que chegou ao local funcionários aferiram a pressão de Marcelo, verificaram que ela estava alta, e o mandaram aguardar. “Eu estava com a minha filha bebê no médico e só consegui encontrar com ele por volta de 20h30. Ai levei comida porque ele ficou a tarde toda sem comer nada, lá na UPA não tem lanchonete, e quando foi 21h30 chamaram ele. Ai a médica receitou um remédio para pressão alta, sem nem ao menos aferir novamente, e disse que ele estava com uma gripe forte. Depois que reclamei o rapaz que ia aplicar a medicação, aferiu novamente a pressão e verificou que já estava normal e por isso não precisava do remédio. Fomos para casa e ele continuou passando mal e está cada vez pior, mas não sei para onde levá-lo”, disse desolada a esposa Valéria Paiva de Souza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário