INDICADORES DE SAÚDE
Confira as doenças
prevalentes (mais comuns) e os principais indicadores sobre a saúde da
população
DOENÇAS PREVALENTES
(mais comuns)
Diabetes - De maior prevalência na população negra, a
tendência da mortalidade por diabetes mellitus aumentou entre 2000 e 2012. Nas
populações preta, parda e indígena foi registrado aumento por essa causa morte,
enquanto que, nas cor/raça amarela e branca houve diminuição da mortalidade. Em
2012, a taxa de mortalidade registrada na população preta foi de 34,1 (por
100mil hab.), na população parda 29,1(por 100 mil hab.) e 22,7(por 100 mil
hab.) na branca. Ou seja, as maiores taxas de mortalidade por diabetes ocorreu
na população negra (pretas e pardas).
Hipertensão Arterial - As taxas de mortalidade por hipertensão
arterial nas populações preta, parda e indígena aumentaram; diminuíram na
amarela e ficaram estáveis na branca, entre 2005 e 2012. A taxa mortalidade por
hipertensão na população preta foi de 32,3 (por 100mil hab.), na população
parda 25 (por 100mil hab.) e 17 (por 100mil hab.) na branca. A hipertensão teve
o maior risco de morte na população negra (pretos e pardos) em 2012.
Doença falciforme - De 2000 para 2012, a taxa de mortalidade
por esta doença dobrou no país, especialmente para a população negra (pretos e
pardos). Em 2012, a taxa de mortalidade por doença falciforme na população em
geral foi de 0,23 (por 100 mil hab.), na de cor preta, 0,73 (por 100 mil hab.),
na parda de 0,28 (por 100 mil hab.), enquanto na branca foi de 0,08 (por 100
mil hab.). A doença falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no
Brasil e apresenta já nos primeiros anos de vida manifestações clínicas
importantes, o que representa um sério problema de saúde pública no país.
Leia
mais sobre a
doença falciforme e a evolução das políticas públicas.
Miomas — Tumores benignos (não cancerosos) comuns
do trato genital feminino. Também são conhecidos como fibromas, fi-bromiomas ou
leiomiomas e se desenvolvem na parede muscular do útero. Embora nem sempre
causem sintomas, seu tamanho e localização podem provocar problemas como
sangramento ginecológico importante e dor em baixo ventre.
INDICADORES
E DADOS SOBRE A SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA
Mortalidade materna - A
taxa de mortalidade materna, em 2011, por 100.000 habitantes era de 68,8 para
mulheres negras e de 50,6 para mulheres brancas. As principais causas da morte
materna entre mulheres negras são: hipertensão, hemorragia, infecção puerperal.
Pré-natal e parto - A
proporção de mães que declararam fazer 7 (sete) ou mais consultas médicas
pré-natal – considerando o mínimo recomendado é 6 (seis) consultas - foi de
74,5% em mulheres brancas, enquanto em mulheres pretas foi de 55,7% e pardas
54,2%.
Mortalidade infantil - Das
mortes na primeira semana de vida, 47% foi de crianças negras e 38% de crianças
brancas. As principais causas da mortalidade infantil entre crianças negras:
malformações congênitas, prematuridade e infecções perinatais. Grande parte das
famílias negras vive em espaços urbanos e/ou rurais com ausência de informações
e acesso a bens e serviços de qualidade (saúde, educação, saneamento básico,
etc.), o que as torna mais vulneráveis.
Causas externas de morte - A segunda causa de morte mais frequente
entre a população negra são homicídios, enquanto para brancos, esta aparece
como quinta causa de mortalidade mais comum. Em 2012, do total de mortes por
causas externas, 36% ocorreram entre jovens de 15 a 29 anos. Destes, 90% do
sexo masculino e 59% são negros. Principais causas externas de morte entre
jovens negros de 15 a 29 anos são as agressões (homicídios) com 62% e acidentes
de transito com 22%.